O trailer de um filme nada mais é do que uma propaganda, um “hiper-anúncio” para colocar um monte de gente no cinema. A quantidade de filmes com excelentes trailers e que no final nos decepcionamos com os filmes não está no gibi, mas por outro lado, há também aqueles excelentes filmes com ótimos trailers. Mas longe de apontar e dar exemplos, vou apenas usar o segundo trailer de RoboCop para levantar um pouco a expectativa desse filme.
Não é nem pelos diálogos, efeitos especiais ou os traços de José Padilha que já é possível ver pelo trailer, mas pelos movimentos de câmera e ângulos utilizados. E é através disso que se pode ver a preocupação de Padilha quanto à verossimilhança que o filme pretende passar. Nem precisaria, afinal, no mundo de hoje, um filme como RoboCop se encaixa perfeitamente no cenário em que vivemos. Principalmente se levarmos em conta que a cidade de Detroit está realmente falida e, a violência urbana se espalha assustadoramente por países como o nosso, não será difícil convencer o público de que é possível sim termos um policial robô entre nós.
E não é exagero algum compararmos esse novo RoboCop com a trilogia “O Cavaleiro das Trevas” de Chris Nolan. A preocupação, segundo as impressões desse último trailer, é humanizar e trazer o RoboCop o mais próximo do real.
De todo modo, o que vi, principalmente nesse segundo trailer, me animou em relação ao que podemos esperar do filme. Com a mão de Padilha nessa adaptação e uma história verossímil, dificilmente sairá um filme ruim. Já acertei algumas previsões antes, como pelo trailer de “Gravity”. Espero não estar errado, mesmo, já que esse segundo trailer conseguiu despertar ainda mais minha atenção.